Primavera

Amanheci hoje com o desejo de adquirir uma planta nova para minha casa. É início de primavera, e geralmente não esqueço dessa data. Amo o verde e as flores. Elas me lembram alegria e movimento. Essa é uma estação privilegiada no ano. As plantas se renovam e se cobrem de cores, o chão se cobre de verde.
Na minha região, é a época em que termina a estação seca. Minha cidade é rica em áreas verdes, que agora estão ainda cinzentas, literalmente, porque há muitas queimadas nesta época. E grande parte de uma reserva ecológica foi, infelizmente, destruída pelo fogo. Mas sei que as primeiras chuvas, que estão próximas, cobrirão novamente de verde a cidade.
Ainda não comprei uma planta nova, devo fazê-lo agora à tarde, mas já molhei minhas plantinhas antigas e dei um passeio pela cidade, onde não vi flores nem verde na grama, mas reparei que as árvores já renovam suas folhas, sendo o primeiro sinal da primavera aqui.
Agora ao meio-dia,  revi uma reportagem sobre a chamada “rua mais bonita do mundo”, que fica em minha cidade natal, Porto Alegre. Tem essa denominação porque é uma rua verde. Olhando-se de cima, só se veem as copas das árvores, que se encontram. O verde é belo, creio que não há quem não admire a proximidade da natureza. A comunidade se uniu para conservar essa rua, lutando contra o projeto de uma construtora, que destruiria a beleza das árvores.
Sabemos que as plantas são necessárias ao homem porque renovam o oxigênio. Quando o mundo foi criado, após a separação da terra seca, e antes da criação dos animais e dos homens, Deus criou toda a vegetação. O Criador sabe aquilo de que necessitamos.
Por isso podemos ter certeza de que, enquanto estivermos neste mundo, embora o homem tenha destruído grande parte da vegetação, haverá o verde necessário para nós,  e temos a promessa de que a terra será renovada e então será primavera eterna.
Vamos portanto louvar o Criador e celebrar a chegada de mais esta primavera.

“E a terra produziu erva, erva dando semente conforme a sua espécie, e a árvore frutífera, cuja semente está nela conforme a sua espécie; e viu Deus que era bom.”Gênesis 1:12


Concerto em frente à minha casa

Ontem à noite tive a incomparável oportunidade de assistir a um concerto em frente à minha casa. Na realidade, moro atualmente num prédio em frente ao estádio localizado na cidade, e foi no estacionamento desse estádio que se apresentou, num palco montado num caminhão, o pianista Arthur Moreira Lima.
Apresentou música erudita, desde Johann Sebastian Bach até compositores brasileiros do século XX, Arthur Villa-Lobos e Radamés Gnatalli, passando por Chopin e Beethoven (“Sonata ao luar”).

Foi na Sonata opus 27 nº 2, denominada Sonata ao luar que pudemos apreciar a sensibilidade e técnica do concertista. No primeiro movimento, mostrou romântica meditação, passando a uma atitude clássica no segundo movimento e à virtuosidade e arrojo do terceiro. Nos meus tempos de estudante de piano, cheguei a estudar essa sonata e assim foi a peça que mais apreciei no concerto.
Moreira Lima também explica o que está apresentando e falou da ligação de Chopin com a Polônia, mostrando o paralelo existente na ligação de Villa-Lobos com nossa música regionalista e do maestro Radamés Gnatalli com a música popular brasileira, para a qual criou arranjos eruditos. Também foi um arranjo erudito de Asa Branca, de Gonzaga, que o concertista Moreira Lima apresentou.
Encontrei uma aluna iniciante de piano no evento, e ela viajou mais de trinta quilômetros para assisti-lo, o que mostra o interesse dessa jovem, bem como da irmã dela, também aluna da escola de música de nossa igreja, na música erudita.
Como sabem, moro num bairro, ou região administrativa, como se diz aqui, distante 40 quilômetros do centro da cidade. A música é um dom de Deus e a boa música, como é a música erudita, pode e deve ser apreciada por todos.
É uma iniciativa digna de aplauso esse projeto de Arthur Moreira Lima que oferta música às cidades distantes das salas de concertos, colocando “Um piano na estrada”.

 

Épocas diferentes, flores diferentes

Ainda estamos no inverno, mas, olhando estas flores, lembrei da primavera, que vai chegar.
E lembrei dos diferentes jardins que já tive.

Quando morava num bairro chamado Guará, tinha um jardim mesmo, com rosas, hortênsias e margaridas.
Gosto muito de margaridas. Eu cuidava do jardim, capinando a terra e tirando as ervas daninhas. Nessa época meus filhos eram crianças.

Na chácara, aonde ia aos fins de semana, tinha outras plantas, e na porta de casa havia flores silvestres amarelas.
Depois mudei por quatorze anos para uma chácara e lá havia azaleias floridas perto da janela de um dos quartos. 

Nova mudança e cheguei à pequena área onde cultivava miniazaleias. Tinha também um vaso com flores silvestres para dar boas-vindas na entrada da casa.

Agora estou vendo dois vasinhos com kananxuê aqui na minha sala, mas cuido deles com o mesmo carinho com que cuidava das rosas, das margaridas, das azaleias e miniazaleias.
Há flores próprias de cada estação,  de cada lugar em que moramos, de cada fase de nossa vida. Há flores nas brincadeiras com nossos irmãozinhos e colegas na infância. (E brincávamos mesmo com buquês de flores de laranjeira.) Há flores nos romances de amor, há flores nos jardins de que cuidamos.
Flores são alegrias, são bênçãos, são carinhos. 
Há flores que recebemos, há aquelas que ofertamos, há aquelas que deixamos de ofertar.
Que recebamos muitas flores, que presenteemos outras pessoas com flores, que reconheçamos as bênçãos que recebemos de Deus.
   

 

    
   

“Aparecem as flores na terra, chegou o tempo de cantarem as aves, e a voz da rola ouve-se em nossa terra.” Cantares 2:12

Em 1996

 

Em 1996,no mês de agosto,  há quinze anos atrás, havia uma expectativa em casa.

No dia treze, minha filha, que tinha vinte e poucos anos à época, deveria ir a uma consulta, que seria a última dos nove meses de gestação. O seu filhinho deveria nascer em seguida, talvez no dia quatorze.
O quarto estava sendo preparado, as roupinhas estavam prontas, e ao mesmo tempo havia uma viagem programada pelos irmãos (tios do bebê), que deveriam participar de um campeonato.
Reinava a maior animação pelo nascimento do Lucas e ao mesmo tempo pela antecipação dessa viagem pelos meninos.
Chegou dia treze e eu dirigi o carro até o consultório do médico, a uns 40 km da nossa casa, que era então na chácara.

Surpresa. Quando chegou ao consultório, minha filha começou a sentir alguma coisa diferente, dores nas costas. Aguardamos algum tempo e, quando ela foi examinada, o médico disse que teria de ir imediatamente para o hospital, porque o bebê estava chegando.
Liguei para casa para chamar os demais membros da família e nos dirigimos para o hospital, onde, dentro de umas três horas, nasceu o Lucas, que foi imediatamente visitado pelos tios e pelo avô, que iriam viajar mais tarde.
Faz 15 anos desses acontecimentos no próximo sábado e instituímos uma semana comemorativa, que começou no domingo, com uma visita a uma fazenda. O homenageado pescou dez peixes, o avô pescou vinte e um e eu consegui pescar três, quando me emprestaram a vara de pesca, que, a propósito, tinha sido emprestada por um casal que não conseguiu pescar nada. Era pesca esportiva e devolvemos quase todos os peixes vivos à água. Houve um acidente com um deles, que deve ter sido devorado por uma garça, das que havia na represa. No almoço, pegamos a carona de um Parabéns a você, que foi cantado para alguém numa outra mesa. Também passeamos de charrete, andamos a cavalo, vimos muitos animaizinhos, inclusive duas araras que incrivelmente nos deram “tchau” na saída para casa, e também continuamos a estudar uma apostila que deve ser respondida para recuperação na escola.
A semana continua, hoje tivemos nosso culto de oração, com o grupo que sempre participa do círculo, cada terça-feira em uma casa e, é claro, expressamos nosso agradecimento pela data do próximo sábado.
Sábado devemos nos reunir em família, para mais uma vez agradecer a Deus e confraternizar com o adolescente Lucas – 15 anos.

 
 

Mais um niver

domingo, 10 de julho de 2011

 
“Porque por mim se multiplicam os teus dias, e anos de vida se te acrescentarão.” Provérbios 9:11

Tive um dia muito feliz, hoje. Após uma confraternização com a família de meu filho Alessandro ontem, fizemos neste domingo um ótimo passeio, para comemorar meu aniversário. Agradeço em primeiro lugar a Deus. Não queria deixar passar o dia sem expressar essa gratidão pela vida e pela saúde que o Criador me oferece.
Tive oportunidade de passar este dia no campo, na companhia de meu esposo e de meu neto número um, o Lucas. Eles me acompanharam, fotografaram e fizeram caminhadas  comigo, como aprecio.
Vou apenas publicar algumas fotos, que podem dizer mais que palavras como foi a comemoração de meus 61 anos (é verdade, já são seis décadas e mais um ano).

Com Claudio, Lucas e a turma do Ale

Com Lucas, D. Glenie e netos

Pose junto à piscina e montando a cavalo

Tratadores encilhando os cavalos.
Passeando com Claudio
Passeando com Lucas

Paisagens do campo

Rio Grande do Sul

Hoje de manhã, ouvi os sons de um programa na televisão – Pampa e Cerrado – que me recordaram do estado em que nasci. Esse programa apresenta uma música como tema, com o mesmo título do programa, e que diz “Pampa, pampa, pampa e cerrado / alargando as fronteiras do pampa do nosso estado.”
É um gaúcho o apresentador, com aquele bonito acento com que falam os patrícios do Rio Grande. (Já fui contagiada pelo vocabulário.)
A música evoca o fato de que há muitos gaúchos na região central do Brasil, inclusive agricultores, cultivando no cerrado. Não sou agricultora, mas também habito no cerrado.
Assim, neste domingo, saudosa de meu Rio Grande do Sul, recordo alguns lugares que já visitei na minha terra.
Em Porto Alegre, amo as margens do Guaíba – rio que banha a cidade – e o parque Farroupilha, cujo nome lembra a famosa Revolução  liderada por Bento Gonçalves e outros, e pacificada por Caxias, no século XIX. A Revolução é lembrada em 20 de setembro, quando os gaúchos pertencentes a movimentos tradicionalistas desfilam pilchados pelas ruas. Pilchados significa usando a roupa típica do campo, com bombachas, esporas, cinturão, chapéu. E as prendas – as moças e senhoras – usam vestidos rodados. Diz o hino do Rio Grande do Sul :”Como aurora precursora do farol da divindade/foi o vinte de setembro precursor da liberdade (…)”

 

No sul do estado já visitei Rio Grande e Cassino, no mesmo município. Rio Grande é um porto marítimo e Cassino, uma bela praia, onde se encontram os chamados molhes, uma plataforma de pedra que avança para o  Oceano, construída pelo homem, onde se pode andar num trenzinho até muitos metros sobre o mar.
Também visitei São José do Norte, em frente a Rio Grande, para onde se pode viajar numa barca. Ali o Claudio passou o início de sua infância, quando o pai dele era o policial chefe do destacamento da Brigada Militar (força policial do estado, semelhante à nossa Polícia Militar aqui no DF).

 

Fui também ao noroeste, à região das Missões, onde outrora os jesuítas viviam com os indígenas guaranis. Ali há ruínas de uma arquitetura por certo inspirada na arquitetura europeia e de aldeamentos que apresentavam organização para agricultura, pecuária, educação, saúde, indústria, inclusive de instrumentos musicais, e que foram depois destruídos numa guerra contra portugueses e espanhóis,  em que as missões deveriam serem transpostas para outro território. As missões jesuíticas são lembradas num espetáculo de luz e som que é apresentado diariamente em São Miguel. Minha irmã mora numa cidade próxima, Santo Ângelo.
Na orla marítima, conheço Tramandaí e Cidreira, aonde costumo ir nas férias. Tramandaí fica ao lado de outra praia, Imbé, onde costumam aparecer botos, e onde fica um museu oceanográfico. É em Tramandaí que costumo comer um de meus pratos prediletos – à la minuta, que lá corresponde a uma refeição feita na hora com bife, batata frita, arroz e salada com alface e tomate. Não sei por quê, mas lá esse à la minuta é mais saboroso.

Gramado e Canela, na serra, mostram o encanto da Europa, trazido pelos imigrantes.
Não pretendo agora residir novamente no meu estado natal, porque o clima é excessivamente frio no inverno, mas devo continuar visitando o Rio Grande nos verões, passando alguns dias em algum desses lugares.
E por hoje era só, estava só lembrando de meu torrão natal.

O melhor lugar do mundo

No início desta nova semana,  estou ouvindo um lindo hino, que mostro aqui neste espaço:

“No mundo ainda existem belezas

que alegram a vida e nos fazem sonhar

recantos felizes da natureza

onde qualquer ser humano

gostaria de estar.

Mas de todos os lugares

o mais bonito e inspirador

é onde fico em oração

junto aos pés do Salvador.

O melhor lugar do mundo

é aos pés do Salvador.

É ali onde a esperança

traz alívio ao sofredor.

É ali onde eu me encontro

O melhor lugar do mundo

é aos pés do Salvador.”

Ouça a música em:http://www.youtube.com/watch?v=mEr_NKR2xpw&feature=related

Até que a morte nos separe

A propósito do “Dia dos Namorados”, vejam este ângulo da minha história ao lado do Claudio, meu marido. E desejo feliz Dia dos Namorados para todos os casais.

Lembrei ontem do que aconteceu após dois anos de namoro com o Claudio. Um dia, de um momento para o outro, ele me disse que estava doente, com uma das piores doenças conhecidas então. Naquela época, uma das piores doenças conhecidas era a tuberculose.(A outra doença muito temida era o câncer, cujo nome, naquela década de 1970, não era nem mesmo pronunciado, quando alguém o contraía.)O Claudio perdeu o pai muito cedo e teve de trabalhar para ajudar no sustento da família. Por um erro de cálculo, que só recentemente foi reconhecido pela justiça, a mãe, viúva, recebia uma pensão ínfima, embora o falecido esposo tivesse ocupado um posto intermediário na polícia militar do estado. Como era muito frio, e ele trabalhava numa empresa de ônibus, o jovem adquiriu uma gripe, e posteriormente pneumonia, o que facilitou a invasão do organismo pelo chamado bacilo de Koch.
Até hoje ele não gosta  de que se lembre essa ocasião, em que adoeceu por contágio de um companheiro de trabalho .
Eu tinha 20 anos, cursava os últimos anos da faculdade, namorava o Claudio desde 19, era meu primeiro namorado e estava pretendendo casar logo com ele e agora sabia desse problema de saúde. E, umas duas semanas depois de saber disso, tive outra notícia: ele estava hospitalizado e a única forma de tratamento era a cirurgia, pois o tratamento com remédios (que já começara há mais tempo) não estava tendo resposta. Contei em casa e a reação foi a pior possível – tuberculose mata, você quer ficar viúva logo após o casamento? Termine logo com esse namoro.
Evidentemente que não terminei o namoro, porque sou teimosa, e penso com meu próprio cérebro até hoje. Pelo contrário, ia visitar o Claudio no hospital, embora contra a posição de meus familiares, e  sérios problemas abalaram  minha vida de estudante tranquila. 
Enfim, ele passou 6 meses no hospital, trocando correspondência comigo (que meu cunhado que trabalhava no centro da cidade transportava), fez uma cirurgia em que retirou um segmento do pulmão, da qual hoje resta apenas uma pequena sequela, continuou trabalhando, aposentou-se há dez anos, por tempo de serviço, casamos no fim daquele ano em que esteve hospitalizado e hoje estamos próximos de 40 anos de casamento.
Mas durante esses quarenta anos, a exemplo do primeiro grande problema que tivemos, e que relatei aqui, houve outros, do mesmo gênero. Uns dez anos depois o Claudio  teve outra doença infecciosa e infelizmente deixou de ser admitido numa empresa pública, pois perdeu o prazo; depois passou por uma cirurgia de abdômen que devia ter durado meia hora e demorou  algumas horas (lembro-me de ter orado muito quando soube que a cirurgia programada inicialmente tinha sido alterada); mais uns dez anos e começou a ter problemas no coração (na época, eu, que sou muito intrometida – é um de meus defeitos e virtudes – pedi uma radiografia do tórax por conta própria, após uma falta de ar prolongada, que não cessou com o uso dos medicamentos recomendados e aí foi descoberta a causa das dificuldades respiratórias – uma doença cardíaca).
A última doença séria que o meu esposo sofreu até hoje- felizmente isso já faz mais de cinco anos – foi um câncer de pele num local que poderia ter atingido rapidamente o pulmão. Como sou bastante insistente também, além de intrometida, ele terminou indo ao médico antes que algum órgão interno fosse atingido e, graças a Deus, conseguiu um tratamento num hospital público ótimo, e perfeitamente a tempo.
Lembrei de tudo isso ontem porque tivemos, sexta-feira e sábado últimos, três palestras de uma psicóloga cristã conhecida nacionalmente, cujo nome não vou citar, pois não tenho permissão para isso. Ela falou sobre vários aspectos da convivência familiar, dirigiu-se primeiro aos jovens, depois a todos, depois em particular para os casais, mostrando as dificuldades que há na vida conjugal, devido às diferenças básicas entre o modo de pensar e agir de homem e mulher.
Por fim, contou a experiência de sua vida, em que teve um ótimo casamento -embora tenha enfrentado problemas gravíssimos – mas que foi interrompido pela morte do esposo. Uma das afirmações da palestrante na conclusão da série de palestras lembrava que a vida é na realidade frágil e curta e cabe a nós torná-la mais agradável para nosso cônjuge. E vice-versa. Por isso, prometemos amor até que a morte nos separe.  
Uma reflexão sobre isso pode nos levar a aproveitar melhor os momentos que temos em família, não só com o cônjuge mas também com nossos filhos e netos, enquanto convivendo conosco no lar.
Aprendi também ontem um versículo importante na Bíblia – a Palavra do Senhor a Moisés, prometendo guiar o povo em todas as dificuldades através do deserto: “Eis que eu envio um Anjo adiante de ti, para que te guarde pelo caminho e te leve ao lugar que tenho preparado.” (Êxodo 23:20)
Assim como o povo de Israel, estamos numa caminhada, e, com certeza, há dificuldades, mas a certeza que temos é que Deus proverá sua guia e cuidado também para atravessarmos o deserto – com suas pedras, areia e vento.

Vendo a Providência

Nós cristãos vemos os acontecimentos do dia-a-dia por um prisma especial – contemplando a guia e o cuidado de Deus em nossa vida. É assim que vejo o que aconteceu no último fim de semana. Meu filho tinha vindo ao DF para tomar algumas providências (depois conto essa outra história), tínhamos almoçado juntos num restaurante próximo da estrada que ele tomaria para retornar à cidade onde mora.
Ele estava com a esposa e o filhinho menor, de um ano, que ainda mama. Na saída do restaurante tinham comprado alguns pirulitos e bombons para darem às outras crianças maiores, que tinham ficado em casa com a vovó.
Resolveram então, logo no início do caminho, darem um pirulito para o Davi. Sabemos que não se devem dar balas e doces com consistência muito dura para crianças nessa idade, pois é perigoso. Tanto é perigoso que o menino teve um engasgo alguns minutos depois. E então, no meio da estrada, eles estavam com uma séria emergência – o Davi não conseguia respirar e os pais ficaram muito aflitos. Foi um sufoco – contaram depois.
Alguns anos atrás, o Alessandro, meu filho, tinha trabalhado numa escola de equitação e, como são comuns os acidentes nessa área, teve um curso de primeiros socorros. Depois, foi trabalhar na área operacional de uma empresa de logística, onde também recebeu o mesmo curso. Vejo aí a Providência Divina. O problema aconteceu, mas o pai do bebê tinha instruções sobre como proceder nessa situação. Como não pôde parar imediatamente o carro, orou mentalmente e passou à esposa a instrução sobre a manobra que deveria ser feita, que ela iniciou mas não obteve efeito. Então ele conseguiu parar o carro num local seguro e ele mesmo procedeu a manobra, fazendo com que o objeto que obstruía a respiração fosse expelido e o Davi voltasse a respirar.
O resto da viagem transcorreu normal.
Vejo aí duas lições: temos de ser previdentes no cuidado com as crianças, evitando locais e procedimentos que possam causar acidentes a elas. É indicado sempre que os pais leiam e se informem a respeito de como agir para evitar essas situações de risco para as crianças, principalmente para as pequenas, abaixo de três anos.
A outra lição é que, mesmo que nós erremos em alguma coisa, ou, por um acidente, nós ou nossos filhos sejamos envolvidos num perigo, nosso Deus pode nos livrar,  algumas vezes providenciando um agente para trazer o socorro necessário. No caso, o próprio pai do bebê, meu filho Alessandro, foi o agente que Deus usou para dar socorro ao Davi.
“O Senhor é o meu pastor: nada me faltará.
Ele me faz descansar em pastos verdes e me leva a águas tranquilas. (…)
Ainda que eu ande por um vale escuro como a morte, não terei medo de nada.
Pois tu, ó Senhor Deus, estás comigo;
tu me proteges e me diriges.” (Salmo 23:1 e 4)

Um hino para meditar

Inspirada na leitura de artigos de alguns blogs cristãos, lembrei do exemplo de Cristo – uma vida pelo próximo e estou postando para vocês este belo hino:
“(…)
Muitos da vida cansados estão
Sim, ajuda hoje alguém.
Muitos procuram obter salvação
Sim, ajuda hoje alguém.Sim, ajuda hoje alguém.
Demonstra-lhe amor também.
Remove o temor e promove o amor.
Ó sim, ajuda hoje alguém.”
(do Hinário Adventista)

Hoje ajuda alguém

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